O novo Complexo Termal divide-se em dois blocos funcionais que se subdividem noutros:

Bloco Administrativo:

• Secretaria e administração;
• Consultas médicas;
• Apoio de enfermagem e salas de exames auxiliares de diagnóstico;
• Laboratórios.

Bloco de tratamentos

• Vestiários;
• Espera e repouso;
• Banhos gerais;
• Técnicas termais;
• Complementares de lazer e bem estar;
• Área de manutenção física;
• Área de tanques.

A nascente da Fadagosa situa-se a 11 Km da vila de Nisa.

É muito antigo o recurso das gentes de Nisa (e da região) às águas desta nascente para banhos medicinais.

Remonta a 1792 um registo documental dando conta da construção de uns casebres para comodidade dos banhistas.

A partir desta data assinalam-se os seguintes factos com significado histórico em relação á utilização como recurso termal das referidas águas:

• 1792: O Provedor da Comarca Vicente Casal Ribeiro mandou construir “... uns casebres, para comodidade dos banhistas”


• 1874: Foi doada à Câmara Municipal de Nisa a propriedade dos casebres junto à nascente da Fadagosa, bem como a exploração das águas.


• 1940: Foi construído um edifício onde os doentes dormiam e confeccionavam refeições. Foram introduzidas algumas melhorias na captação da nascente. A água era captada por artesianismo e debitada directamente para o tanque de armazenamento. O caudal de artesianismo era de 0,08 litros por segundo.


• Até finais dos anos 80: manteve-se o “esquema de exploração” (não legalizado) contemplando anualmente cerca de 200 aquistas.


• 1985: Foram efectuadas sondagens e iniciado o estudo geológico da nascente


• 1989: Foi elaborado o “Estudo Médico Hidrológico da Água da Fadagosa de Nisa” pelo Professor Dr. Ramiro Ribeiro Valentim – Médico Hidrologista e Docente da Universidade do Porto.


• 1990: O Estudo Geológico é completado com a realização de sondagens de pesquisa e captação


• Foi licenciada a abertura de um furo de captação de água termal em profundidade


• 1991: Atribuição à C.M.N. da concessão de exploração da água mineral natural da nascente da Fadagosa de Nisa, mediante um contrato com o Instituto Geológico e Mineiro


• 1992: O Balneário das Termas da Fadagosa de Nisa passou a funcionar em moldes legais


• 1993: Remodelação das instalações do balneário. Introdução de novos equipamentos hidroterapêuticos


• 1994: Um Despacho do Ministro da Saúde reconhece às Termas de Nisa indicações terapêuticas em doenças dos grupos:
  - Metabólico-Endócrinas;
  - Aparelho Respiratório;
  - Pele;
  - Reumatismo;
  - Músculo-Esqueléticos.


• 1996: Criação na ETAPRONI (Escola Tecnológica Artística e Profissional de Nisa) de um curso de Técnicos de Termalismo / Balnearioterapia


• 1999: Elaborado o Estudo de Viabilidade de uma empresa para exploração/gestão das Termas de Nisa


• Lançado um concurso (em 3 fases) para elaboração do projecto do novo Complexo Termal:
  1ª fase – Concurso de Ideias para selecção de três propostas;
  2ª fase- cada um dos três concorrentes seleccionados na 1ª fase desenvolve a proposta respectiva e elabora um estudo prévio do projecto;
  3ª fase – Ao concorrente classificado na 2ª fase é adjudicada a elaboração do projecto final do Complexo.


• Nov.2000: Constituída a TERNISA-E.M.


• Out.2000: Adjudicada a SANMARFUL- Arquitectura e Urbanismo, Lda a elaboração do projecto do novo Complexo das Termas da Fadagosa de Nisa.


• 2009: Inauguração do novo Complexo das Termas da Fadagosa de Nisa.


• 2020: Criação de Unidade de Isolamento de Emergência Municipal.

Em termos de classificação usual na hidrologia portuguesa, a água da Fadagosa de Nisa pertence ao grupo de águas minerais sulfúreas alcalinas.

Água em que o elemento enxofre está no estado – II, e que tem o PH alcalino.

São águas também caracterizadas pela reação alcalina, bicarbonada, sódica, fluoretada e sulfidratada.

"Água sulfurosa - Hidrogeologia - Água que contém enxofre no estado de sulfureto, de sulfureto de hidrogénio (H2S). Em geral, apresenta uma fraca mineralização, sendo a sua temperatura extremamente variável. Utiliza-se principalmente em banhos. O seu efeito fundamenta-se na reabsorção dos compostos de enxofre através da pele ou sob forma de inalação ou ingestão. Nas artropatias há normalmente uma perda de enxofre ao nível das cartilagens, articulares e da sinovial, tenta-se assim fornecer enxofre ao organismo através da absorção dos seus compostos pela pele favorecendo desta forma a regeneração da cartilagem. Nas dermatoses utiliza-se este tipo de água aproveitando as propriedades queratológicas e antiparasitárias do enxofre. São portanto indicações para tratamento com água sulfurosa, artrites crónicas, espondiloses, espondilartroses, acne, eczemas crónicos, psoríase, dermatoses diabéticas, piodermites, síndromes varicosas. É ainda aconselhada para doenças do foro respiratório como sejam sinusites, rinites, bronquites crónicas e diversos problemas alérgicos."

Diretor Clínico - Dr. Carlos Abreu

• Assumir a responsabilidade Clínica do Complexo Termal, o que implica a presença física que garanta a qualidade dos cuidados de saúde dispensados, devendo ser substituído nas suas ausências e impedimentos por um dos médicos Hidrologistas que prestem serviço no estabelecimento termal e reconhecido pela Ordem dos Médicos, devendo dar-se conhecimento dessa substituição à Direção-Geral de Saúde quando se prolongar por mais de 30 dias;

• Assegurar a realização de consultas de hidrologia;

• Zelar pela qualidade dos tratamentos termais e cuidados clínicos a prestar, bem como pelo cumprimento das normas ético-deontológicas pelo corpo clínico;

• Assegurar a direcção clínica dos serviços prestados;

• Assegurar a correta execução e aplicação dos tratamentos e das técnicas termais no Complexo Termal, bem como controlar as condições de utilização da água mineral natural, de forma a preservar as suas propriedades terapêuticas e qualidade, informando o titular do Complexo Termal das anomalias verificadas;

• Avaliar e definir as contra-indicações da água utilizada no Complexo Termal, independentemente das suas finalidades e respectivas práticas;

• Zelar pela organização e actualização do arquivo técnico do Complexo Termal;

• Assegurar que fiquem registadas na ficha de cada utilizador as prescrições médicas que lhe forem feitas bem como as suas alterações, a evolução clínica observada, os resultados dos tratamentos termais e quaisquer outros dados relevantes colhidos na observação clínica;

• Velar pela higiene das instalações e equipamentos clínicos, alertando imediatamente a Câmara Municipal de Nisa para as reparações e modificações que se mostrem necessárias;

• Propor à Câmara Municipal de Nisa o encerramento provisório do Complexo Termal ou a suspensão da utilização dos equipamentos clínicos nos casos em que possa ser posto em causa o normal funcionamento do Complexo Termal;

• Dar cumprimento às disposições relativas às doenças de declaração obrigatória bem como de vigilância epidemiológica;

• Elaborar o relatório clínico de acordo com o modelo aprovado pelo Ministério da Saúde e submetê-lo à apreciação da Câmara Municipal de Nisa;

• Providenciar para que na área do Complexo Termal, durante a época termal, esteja assegurada a permanente disponibilidade de, pelo menos, um elemento do seu corpo clínico durante o período de funcionamento do Complexo;

• Assegurar e garantir a prioridade dos serviços fundamentais no Complexo Termal.

• Assegurar as consultas de hidrologia

• Acompanhamento dos aquístas durante a realização dos tratamentos termais;

• Assegurar a correta execução e aplicação dos tratamentos termais.

Equipa de Enfermagem

• Desenvolver apoio clínico no complexo termal;

• Efectuar tratamentos nos utentes de acordo com a prescrição médica.

Equipa de Balneoterapeutas

• Assegurar a execução dos diferentes tipos de duches, banhos e inalações;

• Controlar a regulação da temperatura da água utilizada, o débito de ar comprimido e o tempo de tratamentos;

• Acompanhar e vigiar o comportamento dos utentes durante os tratamentos, com vista à deteção de reações secundárias ou de eventuais manifestações adversas às técnicas aplicadas;

• Preparar o material para esterilização;

• Assegurar as condições de higiene e segurança de utensílios, equipamentos e instalações na prestação de cuidados.

Assistentes Técnicos

• Proceder à recepção, tratamento e expedição de correspondência e outra documentação em suporte de papel ou via e-mail;

• Prestar informações que lhe forem solicitadas sobre assuntos referentes ao Complexo Termal;

• Assegurar os serviços de atendimento, nomeadamente marcação de consultas aos utentes;

• Assegurar todos os procedimentos administrativos.

Assistentes Operacionais

• Apoiar na vigilância e manutenção do Complexo Termal no que se refere ao equipamento da cave técnica, mais especificamente, equipamento electromecânico e AVAC.

• Apoiar na limpeza e manutenção e serviço de bar nas instalações do Complexo Termal.